terça-feira, 22 de janeiro de 2013

".. E eu sempre vou ser sempre a melhor coisa que você nunca teve."

domingo, 6 de janeiro de 2013

Palavras Especiais

SOLIDÃO é uma ilha com saudade de barco.

SAUDADE é quando o momento tenta fugir da 
lembrança para acontecer de novo e não consegue.

LEMBRANÇA é quando, mesmo sem autorização,
seu pensamento reapresenta um capítulo.

AUTORIZAÇÃO é quando a coisa é tão
importante que só dizer "eu deixo" é pouco.

POUCO é menos da metade.

MUITO é quando os dedos da mão não são
suficientes.

DESESPERO são dez milhões de fogareiros
acesos dentro de sua cabeça.

ANGÚSTIA é um nó muito apertado bem no
meio do sossego.

AGONIA é quando o maestro de você se perde
completamente.

PREOCUPAÇÃO é uma cola que não deixa o que
não aconteceu ainda sair de seu pensamento.

INDECISÃO é quando você sabe muito bem o
que quer mas acha que devia querer outra coisa.

CERTEZA é quando a idéia cansa de procurar e pára.

INTUIÇÃO é quando seu coração dá um pulinho
no futuro e volta rápido.

PRESSENTIMENTO é quando passa em você o
trailer de um filme que pode ser que nem exista.

RENÚNCIA é um não que não queria ser ele.

SUCESSO é quando você faz o que sempre fez
só que todo mundo percebe.

VAIDADE é um espelho onisciente, onipotente e
onipresente.


VERGONHA é um pano preto que você quer pra
se cobrir naquela hora.

ORGULHO é uma guarita entre você e o da
frente.

ANSIEDADE é quando faltam 5 minutos sempre
para o que quer que seja.

INDIFERENÇA é quando os minutos não se
interessam por nada especialmente.

INTERESSE é um ponto de exclamação ou de
interrogação no final do sentimento.

SENTIMENTO é a língua que o coração usa
quando precisa mandar algum recado.

RAIVA é quando o cachorro que mora em você
mostra os dentes.

TRISTEZA é uma mão gigante que aperta seu
coração.

ALEGRIA é um bloco de Carnaval que não liga
se não é Fevereiro.

FELICIDADE é um agora que não tem pressa
nenhuma.

AMIZADE é quando você não faz questão de
você e se empresta pros outros.

DECEPÇÃO é quando você risca em algo ou em
alguém um xis preto ou vermelho.

DESILUSÃO é quando anoitece em você contra
a vontade do dia.

CULPA é quando você cisma que podia ter feito
diferente, mas, geralmente, não podia.

PERDÃO é quando o Natal acontece em Maio,
por exemplo.

DESCULPA é uma frase que pretende ser
um beijo.

EXCITAÇÃO é quando os beijos estão
desatinados pra sair de sua boca depressa.

DESATINO é um desataque de prudência.

PRUDÊNCIA é um buraco de fechadura na porta
do tempo.

LUCIDEZ é um acesso de loucura ao contrário.

RAZÃO é quando o cuidado aproveita que a
emoção está dormindo e assume o mandato.

EMOÇÃO é um tango que ainda não foi feito.

AINDA é quando a vontade está no meio
do caminho.

VONTADE é um desejo que cisma que você é a
casa dele.

DESEJO é uma boca com sede.

PAIXÃO é quando, apesar da palavra "perigo", o
desejo vai e entra.

AMOR é quando a paixão não tem outro
compromisso marcado. Não! Amor é um
exagero... também não. É um desadoro... Uma
batelada? Um exame, um dilúvio, um mundaréu,
uma insanidade, um destempero, um despropósito, um descontrole,
uma necessidade, um desapego?

Talvez porque não tivesse sentido,

talvez porque não houvesse explicação,
esse negócio de amor não sei explicar.

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

E só!

“O pior sentimento é a pena. A pena destrói qualquer ser humano. Quer acabar com uma pessoa, tenha pena dela”.

Sabedoria



Tô me afastando de tudo que me atrasa, me engana, me segura e me retém. Tô me aproximando de tudo que me faz completo, me faz feliz e que me quer bem...

A minha canção

Quando uma mulher, de certa tribo da África sabe que está grávida, segue para a selva com outras mulheres e juntas rezam e meditam até que aparece a "canção da criança".

Quando nasce a criança, a comunidade se junta e lhe cantam a sua canção.
Logo, quando a criança começa sua educação o povo se junta e lhe cantam sua canção.
Quando se torna adulto, a gente se junta novamente e canta.
Quando chega o momento do seu casamento a pessoa escuta a sua canção.
Finalmente, quando sua alma está para ir-se deste mundo, a família e amigos aproximam-se e, igual como em seu nascimento, cantam a sua canção para acompanhá-lo na "viagem".

Nesta tribo da África há outra ocasião na qual os homens cantam a canção.
Se em algum momento da vida a pessoa comete um crime ou um ato social aberrante, o levam até o centro do povoado e a gente da comunidade forma um círculo ao seu redor. Então lhe cantam a sua canção.

A tribo reconhece que a correção para as condutas anti-sociais não é o castigo, é o amor e a lembrança de sua verdadeira identidade.


Quando reconhecemos nossa própria canção já não temos desejos nem necessidade de prejudicar ninguém.
Teus amigos conhecem a "tua canção" e a cantam quando a esqueces.
Aqueles que te amam não podem ser enganados pelos erros que cometes ou 

as escuras imagens que mostras aos demais.

Eles recordam tua beleza quando te sentes feio; tua totalidade quando estás quebrado; tua inocência quando te sentes culpado, e teu propósito, quando estás confuso." 


(Tolba Phanem, poetisa africana)

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

“Quero sexo na escada e alguns hematomas e depois descanso numa cama nossa e pura. 
Quero foto brega na sala, com duas crianças enfeitando nossa moldura. 
Quero o sobrenome dele, o suor dele, a alma dele, o dinheiro dele (brincadeira…). 
Que ele me ame como a minha mãe, que seja mais forte que o meu pai, 
que seja a família que escolhi pra sempre. 
Quero que ele passe a mão na minha cabeça quando eu for sincera em minhas desculpas 
e que ele me ignore quando eu tentar enrolá-lo em minhas maldades. 
Quero que ele me torne uma pessoa melhor, que faça sexo como ninguém, 
que invente novas posições, que me faça comer peixe apimentado sem medo, 
respeite meus enjôos de sensibilidade, minhas esquisitices depressivas 
e morra de rir com meu senso de humor arrogante. 
Que seja lindo de uma beleza que me encha de tesão 
e que tenha um beijo que não desgaste com a rotina.”

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

..

Falhei. 
Tive a chance de cuidar do menino assustado, com uma capa preta, achando que era super-herói. 
Por diversas vezes tive oportunidade de ir tirando a capa escura aos poucos e ir mostrando que 
acolher todas as dores e deixar que elas es
cureçam a alma passa longe de ser coragem. 


Eu tentei derreter pelo menos algumas das tantas camadas de gelo que ele construiu pra fingir que é forte e que não precisa dessas coisas bobas de amor. 


Mas fracassei. 


Tão perto, tão longe, pra nunca mais. 


Não sei ao certo o instante em que me aproximei demais, extrapolei algum limite e fiz o alarme soar. 


Maldito alarme. Me esforcei demais. 


P
orque, de alguma forma estranha e inusitada, aquela capa preta me proporcionava algum tipo de paz e segurança e eu me sentia na obrigação de retribuir:
 Que ele sentisse, então, como é bom carinho na pele nua, sem escudos, capas ou qualquer tipo de superproteção. 
Mas me perdi. 
Achei que aquilo poderia funcionar, aos poucos, sem pressa, alguns outros meses felizes e importantes pra nós dois. 
Me enganei. 
Vi todo meu trabalho e meus planos escorrerem entre meus dedos e senti a capa sendo puxada com força, de repente, com uma rapidez daquelas que fazem a mão arder. 
Lamentei. 
Não exatamente pelo fim ou por tudo que iria me faltar então.
Lamentei por mais uma fuga do cara incrível que poderia chegar onde quisesse se não fosse viciado em ir embora.
(M.F)

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Cadê as mãos sempre tão solícitas, estendidas?