terça-feira, 3 de março de 2009
O que me faz amar um homem?
(texto de Ailin Aleixo retirado - literalmente - de uma revista e digitado aqui em uma homenagem à dicotomia feminina e a nossa busca de explicação para tudo)
Só ser desejada de nada adianta: quando acaba o suadouro, o que resta?
Eu realmente acreditava que o que me fazia amar um homem era a inteligência. Elucubrações e digressões me impressionavam. Conhecimentos literários, artísticos, práticos seduziam a eterna adolescente em mim. Mas descobri que não era isso que me fazia amar: de nada adianta um cérebro invejável, citações brilhantes, se ele não rir das próprias besteiras, se não souber aproveitar as delícias do ócio de um sábado quente. Então percebi: bom humor era essencial.
É delicioso estar com alguém que vive sem arrastar correntes e faz dos pequenos horrores cotidianos inevitáveis piadas. Só que nem tudo é uma piada e, em certas horas, quero alguém que me conforte a alma. Nesses momentos, nada pior do que ser levada na brincadeira - existe uma imensa diferença entre a alegria de viver e a recusa a sair da infância. Então fui invadida pela certeza de que o que me fazia amar alguém era, antes de tudo, a sensibilidade.
Telefonemas de bom-dia, olhares que vêem, pequenos gestos incontidos - tudo o que eu podia querer. Ou quase. Só sobrevive ao meu lado alguém que grite comigo quando eu passar dos limites do bom senso, demonstre desagrado quando eu exigir demais e oferecer de menos. Preciso ser cuidada, mas preciso da certeza de estar com um homem de verdade e não com um moleque preso no complexo de Peter Pan. Quero ser domada, tomada.
Nem inteligência, bom humor ou sensibilidade me faziam amar alguém. Talvez fosse virilidade.
Mal abrir a porta da sala e ser consumida por beijos. Ter a roupa arrancada no caminho da cozinha. Ser desejada com urgência é um dos maiores elogios que uma mulher pode receber, mas só ser desejada de nada adianta: quando acaba o suadouro, o que resta? Se o que interessa é a movimentação, tudo bem. Mas se existe a possibilidade de ser esmagada pelo vazio de sentido após o orgasmo, de nada vale. Pelo menos se não vier acompanhado de cuidado, carinho. Pensei, então, que ele seria a pedra fundamental pra despertar meu amor. Mas carinho é um sentimento abrangente demais: nos invade desde a visão de um cachorro abandonado até a palavra confortadora de um desconhecido.
Um dia, cansei de tentar adivinhar. E, nesse dia, após tantas enumerações paralisadoras e neuróticas, descobri. Hoje sei exatamente o que me faz amar um homem: o amor existir.
Quando é necessário justificá-lo, procurá-lo, racionalizá-lo, é sinal de que ele não está ali.
Simples assim.
Só ser desejada de nada adianta: quando acaba o suadouro, o que resta?
Eu realmente acreditava que o que me fazia amar um homem era a inteligência. Elucubrações e digressões me impressionavam. Conhecimentos literários, artísticos, práticos seduziam a eterna adolescente em mim. Mas descobri que não era isso que me fazia amar: de nada adianta um cérebro invejável, citações brilhantes, se ele não rir das próprias besteiras, se não souber aproveitar as delícias do ócio de um sábado quente. Então percebi: bom humor era essencial.
É delicioso estar com alguém que vive sem arrastar correntes e faz dos pequenos horrores cotidianos inevitáveis piadas. Só que nem tudo é uma piada e, em certas horas, quero alguém que me conforte a alma. Nesses momentos, nada pior do que ser levada na brincadeira - existe uma imensa diferença entre a alegria de viver e a recusa a sair da infância. Então fui invadida pela certeza de que o que me fazia amar alguém era, antes de tudo, a sensibilidade.
Telefonemas de bom-dia, olhares que vêem, pequenos gestos incontidos - tudo o que eu podia querer. Ou quase. Só sobrevive ao meu lado alguém que grite comigo quando eu passar dos limites do bom senso, demonstre desagrado quando eu exigir demais e oferecer de menos. Preciso ser cuidada, mas preciso da certeza de estar com um homem de verdade e não com um moleque preso no complexo de Peter Pan. Quero ser domada, tomada.
Nem inteligência, bom humor ou sensibilidade me faziam amar alguém. Talvez fosse virilidade.
Mal abrir a porta da sala e ser consumida por beijos. Ter a roupa arrancada no caminho da cozinha. Ser desejada com urgência é um dos maiores elogios que uma mulher pode receber, mas só ser desejada de nada adianta: quando acaba o suadouro, o que resta? Se o que interessa é a movimentação, tudo bem. Mas se existe a possibilidade de ser esmagada pelo vazio de sentido após o orgasmo, de nada vale. Pelo menos se não vier acompanhado de cuidado, carinho. Pensei, então, que ele seria a pedra fundamental pra despertar meu amor. Mas carinho é um sentimento abrangente demais: nos invade desde a visão de um cachorro abandonado até a palavra confortadora de um desconhecido.
Um dia, cansei de tentar adivinhar. E, nesse dia, após tantas enumerações paralisadoras e neuróticas, descobri. Hoje sei exatamente o que me faz amar um homem: o amor existir.
Quando é necessário justificá-lo, procurá-lo, racionalizá-lo, é sinal de que ele não está ali.
Simples assim.
Copyrighted JOGA O SORRISO NO AR.... **~ 2009. All rights reserved. Powered by Blogger
Blogger Templates created by Deluxe Templates. Wordpress designed by Simplywp
12 Tchubarubas:
Eii...Foda isso eim, pow...pelo menos um pouco bem humorado eu sou neh.. ^^
Amo vc minha pequena.
"Quando é necessário justificá-lo, procurá-lo, racionalizá-lo, é sinal de que ele não está ali."
É exatamente isso.
Instintivo.
Não há hesitação, pois não há no que pensar.
p.s: comentei no "o que me faz amar uma mulher". rs ;P
Hummm..acho que pra se amar alguem, homem ou mulher, é necessário querer e não ter medo, ou pelo menos não dar importância a ele.
Mas para se continuar amando é precisa haver reciprocidade.
Se não tudo se transforma numa insistência idiota por algo que simplesmente não se tem.
Raphael, concordo em número e gênero!
Eu tmb concordo plenamente com isso Raphael. Se não houver a reciprocidade de nada vale o sentimento, é preciso sim, ser amado para poder amar. Mas para amar não basta simplesmente ser amado... E para o amor dar certo, devemos não transforma-lo em um jogo de quem pode mais. ;)
Esses comentários estão ficando bonitos ein...
Quando eu for um velho ranzinza irei, quem sabe, escrever um livro com as aspirações amorosas dos jovens de minha geração... rs
Tudo bem... Talvez não... rs
Pra dar certo é preciso amar e ser amadoO e mais, querer esse amoOr!
E fim de papo.. away!.. ♫
Nããoo Raphael... nããoo!! Pelo amor de Jah!!
Dar ibope pra novela de pobre de novo nããoo!!
acho que outro dramalhão mexicano o mundo para de vez!!!
shuaihsuahsuiahs
rs
Ta falando isso, mas já percebi que se amarra num amor mau resolvido...
Fechou, nos tornaremos uma dupla de autores à lá Manoel Carlos. Até colocarei uma Camila no lugar da tradicional Helena. :p
p.s.: A melhor amiga da novela pode até ser apelidada de banda.
Opá.. a Bandaa sou eu!! E a esquerda.. rss**
E.
e eu a direita!!
xD
Postar um comentário