domingo, 28 de fevereiro de 2010

Monólogo de Órfeu

Vinicius de Moraes

Composição: Vinicius de Moraes / Antonio Carlos Jobim

Mulher mais adorada!
Agora que não estás,
deixa que rompa o meu peito em soluços
Te enrustiste em minha vida,
e cada hora que passa
É mais por que te amar
a hora derrama o seu óleo de amor em mim, amada.

E sabes de uma coisa?
Cada vez que o sofrimento vem,
essa vontade de estar perto, se longe
ou estar mais perto se perto
Que é que eu sei?
Este sentir-se fraco,
o peito extravasado
o mel correndo,
essa incapacidade de me sentir mais eu, Orfeu;
Tudo isso que é bem capaz
de confundir o espírito de um homem.

Nada disso tem importância
Quando tu chegas com essa charla antiga,
esse contentamento, esse corpo
E me dizes essas coisas
que me dão essa força, esse orgulho de rei.

Ah, minha Eurídice
Meu verso, meu silêncio, minha música.
Nunca fujas de mim.
Sem ti, sou nada.
Sou coisa sem razão, jogada, sou pedra rolada.
Orfeu menos Eurídice: coisa incompreensível!
A existência sem ti é como olhar para um relógio
Só com o ponteiro dos minutos.
Tu és a hora, és o que dá sentido
E direção ao tempo,
minha amiga mais querida!

Qual mãe, qual pai, qual nada!
A beleza da vida és tu, amada
Milhões amada! Ah! Criatura!
Quem poderia pensar que Orfeu,
Orfeu cujo violão é a vida da cidade
E cuja fala, como o vento à flor
Despetala as mulheres -
que ele, Orfeu,
Ficasse assim rendido aos teus encantos?

Mulata, pele escura, dente branco
Vai teu caminho
que eu vou te seguindo no pensamento
e aqui me deixo rente quando voltares,
pela lua cheia
Para os braços sem fim do teu amigo

Vai tua vida, pássaro contente
Vai tua vida que estarei contigo.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Meses.


Não basta o compromisso Vale mais o coração

Ninguém sabia, ninguém viu
Que eu estava ao teu lado então

Sou fera, sou bicho, sou anjo e sou mulher
Sou minha mãe e minha filha,
Minha irmã, minha menina
Mas sou minha, só minha e não de quem quiser
Sou Deus, tua deusa, meu amor
Baby, baby, baby, baby

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

A flor que se esconde no cabelo mais bonito

Again

quero dançar.

começamos sem jeito, um sorrisinho, uma desviada no olhar..
uma tensão leve nos ombros, as mãos se juntam, as colunas se travam juntinhas.
Eu espero o seu primeiro passo, para que eu possa seguir.
A batida dada pelo contexto, pouco importa.
Encontramos nosso próprio ritmo, e ja não se sabe quem leva quem...
mal ou bem, nos encontramos ali em algum ponto.
Nesse resquicio de ritmo compartilhado nos mantemose as mãos vão ficando mais confortáveis, meus braços sobem
As colunas relaxam, a tensão dos ombros já foi-se...
Então as mãos juntinhas chegam mais pra perto, e por ali ficam. fazendo um calorzinho que fecha os olhos. Numa posição que nos torna um só..
Em respirações mais confortáveis, encostamos os lábios.
Mas prefiro pousar minha cabeça no seu ombro, e, sem que você veja, fechar os olhos.
E o que eu ouço já não importa, talvez não ouça.
É tanta coisa que eu sinto, que já não sinto nada.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Não quero ser apenas a estação... ♫

Alguém me acorda!
A vida recomeçou!
De novo.. diferente!

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Djavan é metafórico!

Na letra da canção Djavan fala de um cotidiano amoroso impondo metáforas, incorporando palavras que tem alguma referência ao luminoso ou que o compositor a interpreta de tal maneira, como reveillon, natureza, beleza, neon, prazer, dom, lapidar, sonho, som, etc: "Pai e mãe, ouro de mina/Coração, desejo e sina/Tudo mais, pura rotina, jazz {…} A luz de um grande prazer é irremediável neon/Quando o grito do prazer açoitar o ar, reveillon";[3] no refrão se vê uma visibilidade maior da sina que o título fala, onde o compositor mescla a complexidade com metáforas: "O luar, estrela do mar/O sol e o dom, quiçá, um dia a fúria/Desse front virá lapidar/O sonho até gerar o som/Como querer caetanear o que há de bom", Djavan usa a palavra "quiçá" que significa "quem sabe?" ou "talvez"; além também de "front" que signfica "frente de batalha" ou simplesmente "frente".[4][5] A palavra "lapidar" é usada como metáfora incorporando o significado de "construir", "proporcionar"; Djavan ousa também quando "cria" em sua música um novo verbo: "caetanear" que provém do nome do compositor brasileiro Caetano Veloso, tendo o significado de "compor como Caetano", usando desta maneira como uma homenagem. (Wikipédia)

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Eu quero o seu sorriso no correr dos meus dias!

Toque.
Tenho necessidade de tocar em vc.
Sem qualquer apelo sexual. Acredite.
Só a simples textura da sua pele.
do quão forte é a ligação entre nossas dermes.

Voz.
timbre!
Arrastada;
Cansada;
quase como se não quisesse sair.

Não.
Não vou falar da expressão. Do rosto.

Loucura.
Sabe o que mais gosto nessa loucura toda?
De mim. Das minhas reações.
De como é fácil sorrir só por estar na sua presença.
Ou não conseguir ficar com raiva...

Não, não é paixão.
Só um novo prisma.
Questão de ótica.

Ou não....

Já estou cheia!

Dizem que aquariano é inovador.
Um signo de ar.. envolvente; encantador.
Que trás mistérios no caminhar.. que combina com mar!
Natureza.

Dizem por aí, que o significado do meu nome
trás alguém que nasceu pro amor.
Que excede pretendentes.

Duas correntes.
Uma maré.
Contra a maré!

O Vazio. A falta do calor.
A lágrima com destino.
Aconhego.

Vai ver que unir conceitos, trás conflitos.
Há algo errado.
Bastante errado.